domingo, 2 de novembro de 2014

Um homem precisa estar sempre bem armado

– Para aqui, vai!
– Aqui?
– É, para aqui mesmo! – Chovia forte, os pingos imensos caíam no para-brisa tamborilando com intensidade. Estava doida! Estava à flor da pele e queria transar ali debaixo da ponte, fazia dias que sonhava com aquela fantasia, sua vagina estava bem molhada e esfregava as coxas uma na outra.
Seu marido parou o carro achando que queria transar ouvindo o som trovejante da chuva, então, encostara próximo a ponte onde ela indicara. Seu pau estava de fora sendo controlado pela mão da mulher, mas pouco antes era a boca dela que ali estava.
Subiu no colo dele, mas foi excepcionalmente ligeira e deslizou na mesma velocidade que subira, puxou a trava do carro abrindo a porta do motorista e saiu num salto do carro segurando o pênis ereto do seu homem. A chuva invadiu o automóvel, ele blasfemou, gritou com ela:
– Sua maluca! Entra no carro!
– Não! Vem, amor! Vamos transar na chuva! – Ela o puxou pelo órgão com força e parte do corpo dele saiu do carro. Sua mulher estava encharcada, o vestido da festa colado no corpo como o cabelo comprido no rosto.
– Entra no carro, agora!
– Não grita comigo! – Deu um tapa com a mão esquerda no rosto dele, provocando o marido para que saísse do carro. No mesmo instante tentou segurar seu braço, o braço dela, mas estava molhado demais e ela se soltou com facilidade, também passou um carro muito veloz e pareceu não se preocupar com a mulher fora do carro naquela chuva torrencial.
– Entra no carro, porra! – Ela já estava dois passos distantes, seu marido fechara a porta e mantinha a janela pouco aberta, d’onde gritava. Por dentro queria espancá-la pelo tapa tomado e pela lascívia pulsante em seu espírito de prostituta. – É melhor você entrar nesse carro, agora, senão…
Escutou o splash no vidro do carro e viu a calcinha branca colada no limpador de para-brisa que ficou subindo e descendo.
Saiu do veículo, praguejando entre os dentes a palavra “vagabunda” e correu para puxá-la pelos cabelos e moê-la na porrada! Sua mulher correu descendo um barranco para debaixo da pequena ponte, arrancou o vestido antes que o marido aparecesse e o empurrou enquanto ele descia o declive, fazendo-o cair.
– Subiu pelada em cima dele, tremendo de frio por causa da chuva, pousou sua bunda sob aquele pênis e o beijou com força mordendo a língua do marido, tomou uma porrada no rosto, ela riu fazendo ele sentir mais ódio.
Ficou completamente enraivecido, tinha o cenho franzido, coberto de cólera por ver a expressão de zombaria no semblante da mulher. A jogou para o lado e depois, com as calças meio arriadas, penetrou no rabo dela! Penetrou com tanta força que fez sua mulher soltar um grito.
– É isso que você quer, sua vagabunda!? – Tomou um tapa numa das ancas que estralou e deixou uma marca vermelha, deu outro e mais outro, a xingando e comendo seu cu como nunca antes havia feito.
Ela gritava a cada tapa, sentia a ardência no ânus e vasos de sangue se rompendo, sentia a grama roçando o corpo pelado, nunca em sua vida sentira tanto tesão e seu marido pensava estar castigando-a…. Mas na verdade ela se derretia em orgasmos.
***

No dia seguinte estava com o corpo ralado em algumas partes, seu ânus doía a cada movimento, mesmo após passar uma pomada contra assaduras. Também havia pego um resfriado e naquela segunda-feira tinha hora marcada para o exame ginecológico. Ela iria mesmo sentindo dor no corpo, pois seu enlevo era maior do que tudo aquilo, nunca havia se sentido tão feliz em sua vida, queria gritar de emoção!
Também queria ter transado com seu marido de manhã, mas ele acordara mais cedo do que de costume, e silenciosamente. Sentiu como se ele houvesse escapado de sua presença. Isso não seria bom, ou até seria, riu consigo mesma, pois estava tão excitada lembrando da noite anterior e da felicidade que a envolvia, que iria ter um grande orgasmo só de sentir sua vagina sendo aberta e tocada durante o exame.
Não foi diferente do que imaginava, sentia deliciosamente seu órgão se alargando e o toque do médico, ela se segurava para não gemer e suor escorria de sua testa, o médico sentia-se enojado de ver aquela buceta pingando, estava tão cansado de ver aquilo, de ver tanta buceta, tão cansado e entediado que conseguia sentir nojo daquilo. Tentou acabar o mais rápido que pôde, para que não sentisse vergonha ao lado da enfermeira, fazendo ela pensar que estaria masturbando a paciente.
***

Estava mais calma em casa, quando recebeu a ligação do marido:
– Você fique em casa, vagabunda! Vou te espancar hoje! Você vai apanhar igual a vagabunda que é! Pra aprender a não ficar fazendo mais putaria e virar uma mulher de respeito!
Gritava louco de raiva, acabara de sair do trabalho tão humilhado que quase chorara de ódio, não merecia ter uma mulher cadela daquele jeito. Ainda podia ouvir seus colegas falando baixo daquele boato que só mulher puta faria, só uma mulher puta daria o rabo no meio da estrada! E sua mulher, para ele, não seria uma puta, merecia apanhar para aprender a se comportar igual gente e não animal.
Xingou e ameaçou sua mulher da surra que iria tomar e seria melhor que estivesse preparada para apanhar, então ela reagiu pelo telefone, dizendo que estaria esperando.
Ele não demoraria a chegar, sua mulher já estava prevenida para aquele dia, só não imaginava que poderia ser aquele mesmo. Então, cortou o cabelo rente, desligou a chave de luz da casa, ficou nua e lambuzou o corpo inteiro de óleo de cozinha.
Mal havia se aprontado e ouviu o carro entrando na garagem, ele entrou praguejando, a sala estava um breu só, sua mulher já estava com a visão acostumada pelo tempo que lá ficara, conseguia ver bem a sombra dele na penumbra e ele recebeu a primeira paulada na mão que procurava o interruptor, depois na cabeça fazendo ele tropeçar e se escorar nos móveis, tentou agarrá-la, mas suas mãos deslizaram pelo corpo oleoso, tomou outro golpe, agora nas costelas, tomou mais outra enquanto escorregava o pulso das mãos dele. Mais uma e mais duas em suas pernas e braços ao tentar parar o golpe, levando uma paulada atrás da outra, tão ágeis quanto sua mulher nua na escuridão.
Ele gemia caído de quatro, sua mulher ofegava e gritou com o pedaço de pau apontado para ele:
– Essa surra é para você aprender a respeitar sua mulher! E nunca mais me chamar de vagabunda!
Houve silêncio…

– E quer saber de uma coisa? Acho que você precisa de um par de chifres quando for brigar comigo, para da próxima vez estar bem armado!

17/08/2014

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