segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Dançarina Traumática

Após aquele corredor caleidoscópio, sob a luz negra sua pele azulada vibrava envolta de vapores saídos de um livro cyber punk, numa dança eletrônica que conduzia seu corpo em movimentos lascivos controlando sua mente drogada, eu estava hipnotizado com o chão cedendo, caindo num limbo onde só enxergava a bailarina numa paisagem macabra.

Suas vestes quase seminua com pernas longas e nacaradas, me arriscaria em beijar suas coxas se tão audacioso eu fosse, queria o mundo dela, entrar na fumaça mórbida dos seus olhos voltados para seu consciente, ir além dos prazeres sadomasoquistas e partilhar da visão da alegria no mundo que transformado com êxtase faz valer a pena dançar até a morte, que morra em minhas mãos eternizada na minha memória e nas minhas palavras.


08/08/2015


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