Após aquele corredor
caleidoscópio, sob a luz negra sua pele azulada vibrava envolta de vapores
saídos de um livro cyber punk, numa dança eletrônica que conduzia seu corpo em
movimentos lascivos controlando sua mente drogada, eu estava hipnotizado com o
chão cedendo, caindo num limbo onde só enxergava a bailarina numa paisagem
macabra.
Suas vestes quase seminua com
pernas longas e nacaradas, me arriscaria em beijar suas coxas se tão audacioso
eu fosse, queria o mundo dela, entrar na fumaça mórbida dos seus olhos voltados
para seu consciente, ir além dos prazeres sadomasoquistas e partilhar da visão da
alegria no mundo que transformado com êxtase faz valer a pena dançar até a
morte, que morra em minhas mãos eternizada na minha memória e nas minhas
palavras.
08/08/2015
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