O mundo parece um verdadeiro tédio, não
que não seja grande o suficiente, é falta de dinheiro mesmo, minha pobreza me
limita a uma cidade de 600 mil habitantes subdesenvolvida com suas favelas
escondidas em bairros periféricos, da varanda onde vejo parece tudo tão bonito
à luz do luar, mas lá longe onde eu moro tudo parece desmotivar minha vida.
Os prédios são bonitos daqui de cima,
uma cena mais memorável do que a bunda murcha e caída daquela velha, seu cheiro
de carne podre me dá nojo, meu tesão é por 150 reais na carteira e não ter que
trabalhar num dia de sol queimando as costas, ou causando LER nos pulsos numa
indústria de Cambé, fazendo todo dia a mesma merda.
Pensando assim, comer o cu de uma velha
seja menos depreciativo, menos horrível ver seu sangue e sua merda saindo
impregnados na camisinha, depois de uns anos comecei a entender as prostitutas
e digo até que deixei meu machismo de lado e leiloei meu cu por 10 mil reais,
um cu e tanto, não acham? Quantos não dão de graça? Ademais nem foi um pau tão
grande e pagou uma viagem pro país dos meus sonhos.
Guardo boas lembranças de lá, não era
um pária, um viado, um prostituto, era um turista, foi bom desfrutar daquilo
tudo, pensando que só bastara dar meu cu, daria outras vezes pela mesma quantia
de dinheiro, ao menos o mundo pareceria menos tedioso com certa quantidade de
sacrifício.
Sentando na varanda do 24° andar, penso
na cerveja que bebo, que só nestas circunstâncias aprecio, uma cerveja boa,
consistente, feita de trigo e não a urina de vaca que nos vendem na maioria dos
bares, é bom beber e comer bem, penso por um momento que pra classe rica ou
mais abastada viver talvez seja algo muito bom.
Ao fundo as pessoas apagavam e acendiam
algumas poucas luzes na madrugada e eu nunca vou ter um prédio desse, sentar
numa sacada grande como essa, vou aproveitar minha cerveja importada e a brisa
fresca que vem dessas alturas, contemplar a vida que nunca vou ter. Ainda por
estes anos que o possa fazer, mas sei que um dia irão findar.
Recebemos pela idade, pela nossa
juventude e cada dia dou um pouco dela em troca de dinheiro, muito mais se eu
tivesse um doutorado e menos desgastante do que tê-lo. Oh, bem menos, parece
que não, mas quando se desiste da vida é fácil se prostituir, parece uma
situação bem cômoda, posso até dizer agradável.
Claro que não gozo com estas velhas e
velhos, mas tenho meus momentos de lazer, como estou tendo agora, na verdade o
que mais sinto falta é de carinho, sempre senti falta disso. Sempre quis alguém
que pudesse amar, que valesse a pena, mas descobri que no mundo ninguém pode
ser tão bom que seja menos ruim que eu mesmo...
Todas as madrugas venho passando em
claro, olhando a paisagem urbana de grandes prédios na Gleba Palhano e pensando
por que raios ainda vivo, sinto uma vertigem ao olhar para baixo, uma bela
queda, confortável talvez, desmaiando antes de alcançar o chão sem sentir dor
alguma.
Não tão muito louco se for pensar no
que já fiz e não digo de dar o cu, coisa tão normal e comum, que até heteros vi
fazer com mulheres, digo coisas como pedofilia, necrofilia, sadismo, tortura,
escatologia e tudo mais que quiserem pensar e mal faz cinco anos que me
prostituo.
Se querem saber um pouco? Todos querem,
mas talvez não deveriam, bebendo agora, de cabeça, lembro que um cara me pagou
200,00 reais pra cagar na cara dele enquanto chupasse e lambasse meu cu, meu cu
cheio de merda! Acreditam? E por que, não? Parece nojento, mas um pinto
entrando no cu é bem mais, pode ter certeza, no cu do zoutro nem parece tanto,
não é? Experimenta no seu então, há-há!
Isso é normal, tem um pessoal louco
chegado na escatologia, a gente acaba tirando de letra, mas outra coisa
estranha, estranha de verdade é pedofilia, uma vez um deputado daqui de
Londrina queria pagar pra eu trepar com uma criança enquanto ele filmava e se
masturbava, saí fora dessa, a criança tinha 8 anos, no tanto da casa que andei,
3 seguranças armados, nem quis saber de nada, só disse que não realizava esse
tipo de serviço, o nome? Porra, todo mundo sabe, só não gosta de falar, há-há!
Talvez tenha ficado um pouco alegre com
esta cerveja, cheguei a ganhar pra comer a mulher de corno, surra de pau mole
sabe? HÁ HÁ! E era uma gostosa, uma das poucas, comi com tesão, depois de comer
a vadia ele me pagou e pediu para eu ir embora enquanto tirava a cinta pra
bater na mulher, nem questionei o fetiche deles, peguei minha grana e fui
embora.
E houve também de maluco querer pagar
pra me torturar, daí eu pulei fora, é querer demais, prezo pela minha saúde
corporal já que minha renda depende disso. Mas na real a maior doideira que fiz
foi transar com um cadáver.
E pode acreditar, é místico e diferente
de qualquer outra coisa que já senti na minha vida de prostituição, eu gostaria
de comer um cadáver todos os dias da minha vida, ainda mais se fosse um que
matei, pois matar é tão bom quanto, e a necrofilia parece a cereja do creme do
café, acho que era isso que faltava na minha vida, um pouco de sangue que não
fosse vindo do ânus ou da menstruação.
Quando acabar essa cerveja ainda quero
voltar pro quarto e comer aquela velha moribunda e depois aproveitar e comer a
filha gostosa dela, aproveitar que o corpo está bem fresquinho, na verdade
aquela bundinha dela pelada tá tão gostosa! O vestidinho rasgado cheio de
sangue! Que tesão, vou aproveitar o quanto antes comer aquela vadia antes que
eu bata uma punheta desperdiçando meu esperma na varanda.
08/10/2015
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