domingo, 26 de julho de 2015

Zelos, o touro premiado

Helena tinha um prazer excepcional em ver aquele touro premiado. Era robusto, de uma pele cinza lustrosa, cascos reluzentes e deixado aos cuidados de três escravas. Não era premiado por ser um touro de circo, mas sim por sua beleza e magnitude, seus chifres longos, afinados, negros como ônix, numa curvatura suave e promíscua. Zelos em sua plena juventude era a máxima da masculinidade, a virilidade em essência! Um animal invejado pelos homens e cultuado pelas mulheres.
Vivia agora numa grande planície cercada, solto com outras fêmeas e logo tornaria a dar retorno ao bolso do marido que arcara com o capricho da esposa que se apaixonara pelo animal. Além de tudo, era dócil, acostumado as tratos e até mesmo com um resquício de pensamento humano no brilho de seus olhos grandes.
Depois de sua limpeza semanal, Helena o visitava, acariciava o touro sem marcas de maus cuidado. Apreciava seu cheiro e o-alimentava, tocava-lhe os chifres e vez por outra tinha a ousadia de verificar as condições daquele falo glorioso! Era quando se abaixava para pegar mais cevada que dava uma boa bisbilhotada e sua roupa de seda molhava com o fluxo que lhe escorria entre aquelas pernas só de sentir o calor próximo que o animal emanava, de ver aquele órgão ainda adormecido.
A esposa espartana nutria uma paixão platônica por aquele animal, mas em seu âmago desejava que aquele limiar se rompesse e que todo seu real desejo se realizasse numa torrente de júbilo repleto de lasciva.
- Oh, meu Zelos. Como tu és lindo... O que não daria para ti? Mal espero o dia que Minos saia de Esparta novamente para que possamos enfim ter um verdadeiro momento a sós. Somente tu e eu, mais ninguém... – Dizia ela enquanto afagava o animal que ruminava se perdendo em devaneios sórdidos.

***

Minos finalmente deixou Esparta, para um reconhecimento topográfico, voltaria não tão longe, mas num tempo suficiente para que Helena conseguisse encontrar o momento certo e propício com Zelos. E ele foi encontrado, planejado todo metodicamente para que nada frustrasse sua maior fantasia sexual, ela desejava ardentemente aquele touro e precisa dele dentro dela.
Foi com seu espírito alegre que se agarrou ao pescoço do animal preso onde costumava alimentá-lo vez ou outra, foi ali que não resistiu e finalmente agarrou aquele maravilhoso falo que lhe enchia a palma da mão! Um sorriso inocente correu em seus lábios e ela desceu sua mão para o testículo do touro, com a outra guiou os dedos para a glande, o rabo do touro balançava e Zelos soltou um bufo inquieto por não ter certeza do que acontecia em seu corpo, Helena se divertiu com aquele suspiro.
- Está gostando, meu tourinho safado? Como desejei pegar no seu pinto. Era o que mais queria. – Debaixo dele sua língua rolou naquele pênis ereto, circundou ele para terminar com um chupão na ponta, massageou com as mãos e brincou com aquela imensidão em seu rosto, adorou o gosto dele! Encheu sua boca e suas mãos deslizavam pela barriga do touro!
Helena se molhou ao chupá-lo e uma lágrima, uma única lágrima de comoção, escorreu dos seus olhos claros. Ela tinha certeza que nunca sentira um gosto tão bom na boca, e mais saboroso ainda era ver seu tourinho se agitando com as patas presas nas cordas estendidas, para que ele não a pisoteasse acidentalmente, mesmo que manso.
Mas ela não se contentou com aquele deleite, ainda que fosse sublime e houvesse elevado sua alma ao reino dos deuses.  A espartana se despiu, posicionou-se de quatro embaixo daquele colosso, e com satisfação sentiu seu órgão pulsando tentando achar um caminho entre suas coxas torneadas, Helena pegou com gosto e encaixou com carinho dentro dela, o animal já começava a se incomodar com as cordas e ela ficou parada para que o mínimo de movimento do touro lhe desse o prazer desejado!
E apesar de ser um movimento pequeno, era uma penetração nunca sentida antes, sua vagina finalmente fora abastecida em largura e suas expectativas foram supridas, ela estava totalmente preenchida por dentro e recebendo estocadas furiosas, com força e repleta de delícia, queria ainda poder sentir o prazer de seus testículos batendo em suas ancas, mas com certeza seria um tamanho intenso demais para ela, se conteve com aquela maravilhosa e grossa penetração, chorou mais uma vez ao perceber que estava tendo um orgasmo como em anos não tinha!
Chorou de tesão, babou e se encurvou para que a barriga do touro roçasse em suas costas, agarrou à grama do chão e pingou lágrimas de prazer!
- Oh, Zelos! Oh, meu Zelos, como desejei seu pinto dentro de mim!
Chamou por Zelos, à luz do dia gemeu por ele, gritou por ele! Gozou por Zelos, chorou por Zelos, sangrou por Zelos, o sangue que vertia da sua vagina, mas que era o preço do sacrifício ao concluir sua luxúria, era com deleite que via o sangue pingando e escorrendo de suas coxas, era um escarlate de prazer! Não havia dor, existia apenas um gozo inefável surgindo com o cheiro da relva ao amanhecer.
Helena gritou outra vez mais por ele, gritou quando as cordas arrebentaram e o touro insanamente excitado pulou sobre seu corpo, a rasgou com o chifres abrindo suas costas, pisoteou seus membros quebrando seus ossos, gritou e gemeu de dor, tentou pedir socorro, mas todos estavam devidamente distantes para não ouvir seus berros de desespero, suas pernas quebradas imóveis, seu semblante repleto de horror ao ver o touro bufando em suas costas com as patas dianteiras prestes a descer em seu rosto, seu pênis monstruoso e ereto acertando suas costas procurando aquele buraco quente e úmido para despejar seu esperma!
As patas de Zelos desceram e quebraram o maxilar espartano daquela maravilhosa mulher, deslocou ao mesmo tempo seu braço, fez cessar seus gritos. Sangue foi golfado da boca dela, mais sangue saía de suas costas chifradas com uma fratura na coluna exposta, em meio àquele sangue um jato de porra saiu e misturou-se a ele, branco e vermelho se tingindo e escorrendo pelo corpo desnudo dela.
Zelos se acalmara, sentia dor das cordas que machucaram suas patas. Mas sua angústia fora descarregada, aquela tempestade saíra dele e agora era tudo calmaria com aquele cadáver debaixo do seu corpo robusto e cinzento.

***

O touro foi encontrado na sua estalagem de banho, estava manchado de rubro, sentado ao lado do cadáver. Quando Minos voltou, antes mesmo de providenciar as honras devidas à esposa, informou aos espartanos a justiça que daria a Zelos. A notícia daquele homicídio vindo de um animal tão dócil aterrorizara Esparta, dizendo que um espírito maligno se apossara de Zelos, para que ele estuprasse e matasse Helena.
Indignado, mas muito mais abatido, Minos só conseguiria sepultar a mulher depois de vingado seu martírio, o sofrimento que tivera com aquele animal que gostava tanto.
Num duelo entre homem e besta, Minos matou com fúria e facilidade o touro pacato, matou com deleite em cada estocada de lança, desviando de suas chifradas com maestria e aliado à euforia da plateia, viu o touro cinzento morrer com prazer nos olhos! Salivava vingança, gritou e conseguiu chorar apenas quando viu o animal parar de respirar dilacerado por sua lança.

Mesmo depois daquela batalha, Minos não pôde suportar a desonra daquela humilhação com sua mulher, viajou para longe da Grécia e disse que nunca mais retornaria. Abandonou sua terra para que a imagem de sua mulher não o perseguisse, mas em seu âmago ele confessou a um do seus escravos que sacrificaria todos os touros do mundo aos deuses, para ter mais um amanhecer com sua mulher. 

24/07/2014

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